30.03 | Tema: Diretório de Comunicação da Igreja no Brasil

De 30 de março a 04 de abril a Pascom Brasil promove um ciclo de Lives no Instagram com assuntos relacionados às atividades da Pastoral da Comunicação. Cada dia trará um tema e um palestrante distinto. É sempre importante dialogar e, portanto fazer comunicação, mas neste tempo em que estamos confinados por um bem maior coletivo, utilizar o tempo e as capacidades mentais com conteúdo de qualidade é uma ótima pedida.

Nesta segunda-feira (30) o palestrante foi Moisés Sbardelotto, que falou sobre o Documento 99 – Diretório de Comunicação da Igreja no Brasil. Segundo Moisés, o documento traz luzes de como comunicar na igreja e também entre as pessoas enquanto comunidade.

O Doc 99 foi aprovado pelos bispos do Brasil em 2014, mas seu conteúdo estava sendo construído há muito tempo em Campanhas da Fraternidade e diversos outros momentos dentro da igreja. E mesmo após estes seis anos, o documento continua atual, pois seu conteúdo não trata de tecnologias, mas da comunicação em si, interpessoal, que é atemporal. E o Papa Francisco agregou muito ao documento com sua postura de “cultura do encontro”, termo recorrente no diretório. E se engana quem acha que esse termo não se aplica durante o período de isolamento em que estamos vivendo por conta da prevenção do COVID-19. Para Sbardelotto, estamos ainda mais conectados e utilizando as tecnologias a nosso favor. As próprias Lives são uma forma de encontro e mesmo reclusos devemos ser a “Igreja em Saída”.

Outro ponto discutido pelo palestrante foi a Pascom fazer comunicação pela evangelização e não pela imagem da igreja. Devemos pensar a comunicação a partir de demandas e desafios. Por isso o Diretório não é fechado, normativo. Ele lança desafios, promove diretrizes e horizontes para que cada comunidade compreenda sua realidade e a forma concreta de atuação.

Moisés destacou pontos específicos do Diretório e discorreu sobre eles. Seguem apenas alguns trechos dos pontos citados;

Ponto 11 – “Compreender profundamente as pessoas e sociedade na qual se vive e se atua é condição essencial para o êxito de toda ação evangelizadora. (…) Trata-se de uma perspectiva que deve perceber a comunicação para além dos meios e dos aparatos de informação, reafirmando o ser humano como um ser de relação e de comunhão, parte de uma comunidade”. 

Moisés ressalta que não fazemos comunicação apenas quando usamos máquinas e aparelhos tecnológicos. Nossa interação enquanto pessoas é a forma mais primitiva e importante forma de comunicar. Estando em comunidade estamos promovendo o encontro e a comunhão.

Ponto 13 – “A comunicação tem como objetivo primordial criar comunhão, estabelecer vínculos de relações, promover o bem comum, o serviço e o diálogo na comunidade”. Sem comunidade não teríamos igreja, por isso é importante não cair no mero uso de aparatos tecnológicos, pois o face a face também é comunicação.

Ponto 30 – “A comunidade e a paróquia são locais por excelência da caridade pastoral e centros de comunicação encarnada, concreta, onde a caridade é, não apenas filantropia, mas vivência radical do Evangelho”.

“O verdadeiro comunicador é aquele que testemunha, põe em prática o que anuncia”, salienta Sbardelotto.

Ponto 64 – “A Igreja existe para evangelizar e sua missão primordial consiste em comunicar a Boa Notícia do Reino (…) Sob esse ponto de vista, a formação cristã, que se realiza também pela Catequese, e a expressão da fé mediante a Liturgia merecem especial cuidado por parte dos pastores e da comunidade eclesial”.

Nossas igrejas atualmente permanecem fechadas e a liturgia não pode ser realizada congregando as pessoas. Mas a comunicação pode ser esta ponte, promovendo ações catequéticas e espaços litúrgicos usando a tecnologia a seu favor.

Ponto 70 – Neste ponto Moisés discorre sobre os catequistas serem desafiados, principalmente neste momento, para que a catequese não se perca de vista. O catequista é o mediador entre o catequizando e o mistério de Deus e precisa estar presente neste momento de pandemia, quando a dúvida e a fé entram em conflito. O mesmo vale para a Liturgia.

Pontos 79 e 100 – Muitas transmissões ao vivo estão sendo realizadas. Só celebramos a Santa Missa se estivermos “ao vivo” em comunhão. Caso contrário, estaremos apenas assistindo a ela. Por isso é importante os responsáveis pelas transmissões estaremos atentos as suas assembleias. 

Ponto 135 – “Por isso, a missão essencial dos meios de comunicação de inspiração católica é o serviço aos pobres, a ‘defesa da vida e dos direitos dos mais vulneráveis e excluídos’ (…)”.

O pobre, no presente momento, não é somente o desprovido financeiramente, mas o doente, o que possui um familiar enfermo, o que está vivendo em solidão e em conflito com sua fé. A comunicação deve ser produzida para ser voz e também que tenha conteúdo significativo para ser ouvida por todos.

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