Os catequistas da Paróquia São Braz se reuniram na manhã deste domingo (01) para participar da Missa de Envio durante a celebração das 10h30, cumprindo a última etapa antes do início da catequese 2020. Presidida pelo pároco da nossa comunidade, Padre Juarez Rangel, a Santa Missa também contou com a presença dos catequizandos e seus pais. Após a homília, o padre Juarez chamou todos os catequistas e os apresentou aos fiéis. Por fim, convidou os presente a se unir a ele em oração pelos responsáveis pela iniciação cristã das crianças de nossa comunidade.
A celebração marcou o encerramento de uma série de etapas cumpridas pelos catequistas em preparação à catequese. Durante os dias 18 e 21 de fevereiro, eles participaram da Semana Catequética, quando receberam orientações, participaram de dinâmicas e discutiram formas de aprimorar o ensinamento da fé cristã .
Antes disso, se reuniram no dia 16 de fevereiro com os catequistas de outras nove paróquias que, junto com a de São Braz, fazem parte do setor Santa Felicidade, para um momento de formação. O encontro aconteceu no Centro de Evangelização e contou com cerca de 160 fiéis. O assunto tratado foi o sexto mandamento: sexualidade e castidade, algo que está gerando preocupação aos catequistas de todos os setores.
O encontro começou com uma linda espiritualidade que ficou a cargo da equipe da Paróquia Imaculada Conceição, do Butiatuvinha, que foi muito propícia para o momento e certamente as pessoas que ali estavam ficaram preparadas para os trabalhos de formação que a coordenação tinha colocado em pauta.
Logo em seguida, Mário Antônio Sanches* destacou que a sexualidade é um assunto bastante pertinente nos dias de hoje entre a juventude, e principalmente, entre os adolescentes da catequese. Após breve explanação, os participantes foram divididos em grupos, onde debateram e refletiram sobre temas como sexualidade, família e amor, dando suas contribuições para que novas diretrizes e subsídios sejam elaborados e colocados em poder dos catequistas no auxílio dos trabalhos com os catequizandos.
Desafios encontrados:
Qual a idade para se falar aos catequizados sobre sexualidade?
Diferença sobre natureza e sexualidade.
O que a família e a igreja pensam sobre sexualidade?
Nunca ter respostas imediatas e sim discernimento ao responder sobre o assunto sexualidade.
Cuidado para não haver condenação pelo que aconteceu no passado.
Crescer todos os dias afetivamente.
Trabalhar em família e saber respeitar as diferenças.
Olhar para o sofrimento das crianças, tentar conhecer a realidade de cada uma delas.
Como trabalhar com as diferenças, como homossexualidade, entre outros.
Seria importante que as(os) catequistas falassem com as professoras de Biologia da escola onde as crianças estudam.
Não falar de sexo na primeira e segunda etapa da catequese.
Falar de amor com as criancinhas de primeiro e segundo ano não é difícil, tudo é lindo e amor, mas nas etapas seguintes é muito difícil.
*Mário Antônio Sanches é professor Titular da PUCPR Fez pós-doutorado em Bioética na Cátedra de Bioética da Universidade Pontifícia Comillas, em Madrid, com bolsa da CAPES/Fundação Carolina. É Doutor em Teologia, pela EST/IEPG, de São Leopoldo, RS.Sua tese de doutorado, na área de bioética, foi fruto de pesquisa – com apoio da Capes – no Instituto Kennedy de Ética na Universidade Georgetown, Washington, DC. É mestre em Antropologia Social, pela UFPR, especialista em Bioética e licenciado em Filosofia. Hoje é professor no Programa de Pós-graduação em Teologia e no Programa de Pós-graduação em Bioética da PUCPR, líder do Grupo de Pesquisa Teologia e Bioética, membro da SBB/PR e membro do Comitê de Bioética do Hospital Pequeno Prícnipe. Professor visitante no Instituto Superior de Filosofia e Teologia D. Jaime G. Goulart, Dili, Timor Leste. Pesquisa em bioética e reprodução humana, com ênfase em parentalidade, planejamento familiar e sexualidade.
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