O 4º domingo do mês de agosto é um momento especial em que a Igreja celebra as vocações, com um foco particular nos fiéis leigos e leigas. Todos nós, jovens, adultos, trabalhadores e estudantes, somos como as notas que completam a melodia. Cada um com seus dons e talentos, servindo na Igreja e no mundo, fazemos a nossa parte para que a sinfonia seja completa. Esta data nos convida a refletir sobre o papel fundamental que esses membros da comunidade desempenham na vida da Igreja e na sociedade.
Os leigos são chamados a viver sua fé no cotidiano, sendo testemunhas do amor e da solidariedade de Cristo em suas famílias, trabalhos e comunidades. Neste dia, a Igreja celebra igualmente a vocação dos catequistas que, com seu comprometimento e dedicação, enriquecem a vida da comunidade e ajudam a levar a mensagem do Evangelho a todos.
Os catequistas da Paróquia São Braz são pessoas comuns, com seus trabalhos, famílias, que se dedicam, com muito amor, a espalhar as boas-novas do Senhor. Para representar todos os nossos catequistas e homenageá-los, hoje trazemos a história da Dona Clair, que com seus 81 anos, é responsável por uma turma da 3º etapa da catequese.
Certamente você já a viu em nossa paróquia. Clair Franceschi Santana mora no bairro há 54 anos. Tem lembranças de quando ainda éramos capela. Dar catequese sempre foi um desejo muito grande, mas Dona Clair trabalhava e não poderia se comprometer. Quando deixou de trabalhar fora, recebeu da Dona Jandira, um novo convite para dar catequese. Dona Clair ficou insegura, achava que não tinha o preparo necessário. Dona Jandira disse que ela poderia iniciar uma turma e ir estudando ao longo da jornada. “Fiz 5 anos de estudos na arquidiocese e continuei dando catequese até hoje”, explica Clair.
Dona Clair passou seus conhecimentos sobre Cristo para muitos catequizandos durante os 32 anos em que se dedica a catequese da Paróquia São Braz, e dois casos marcaram sua trajetória de forma especial. “Para dois meninos dei catequese em casa. Um tinha Síndrome de Down e o outro era um menino que tinha muitas dificuldades motoras. Ele não escrevia, quase não enxergava, não andava, ficava só na cadeira de rodas, mas ele era muito inteligente”, conta ela. Ambos fizeram a confissão, primeira comunhão, crisma.
E não existe fórmula mágica para ser catequista, basta a vontade de dizer sim ao chamado. Os desafios são inúmeros, mas tudo é possível com a perseverança que vem do Espírito Santo de Deus. “Eu gosto da catequese. Eu penso assim, que enquanto eu posso transmitir aquilo que Jesus nos ensinou para as crianças, vou continuar. Peço a Deus todo dia que fique no coração deles”, conclui Dona Clair. É esse o carinho que o catequista tem por cada catequizando. Por sua humildade, comprometimento e amor a Deus, Dona Clair recebe hoje nosso muito obrigado.
Obrigado Dona Clair!
Por Gabi Vitto e Graci Muraro | Pascom | Paróquia São Braz
Fotos Gabi Vitto | Pascom | Paróquia São Braz