Seguindo as celebrações do Mês das Vocações, neste final de semana vamos lembrar da Vocação à Vida Consagrada. Religiosos e religiosas, como os instrumentos de corda, trazem uma harmonia especial. Com seus votos de pobreza, castidade e obediência, vivem uma entrega total a Deus, sendo sinais vivos de seu amor no mundo. Temos a graça de ter em nossa comunidade a congregação das Pias Operárias da Imaculada Conceição. Hoje atuam em nossa comunidade a Ir. Aparecida, Ir. Elizete e também a Ir. Geralda, que hoje compartilha conosco seu testemunho vocacional.
Salve Maria Imaculada!
Eu, Irmã Geralda, aos meus 6 anos de idade, já descobri que algo diferente agia em minha vida. Não era uma menina especial, mas sentia muito a graça de Deus perto de mim, pela família que eu tinha, por sempre ir à missa e participar da eucaristia. Aos 7 anos comunguei pela primeira vez. Senti muita força, muita alegria por estar comungando. Aos 8 anos já queria entrar para a vida religiosa, entrar para o convento. Mas meu pai, com muita serenidade disse: “Lugar de criança é em casa. Na hora certa vou te ajudar, não vou impedir”.
Aos 15 anos deixei esse sentimento forte devido ao trabalho e coisas da vida de adolescente.
Aos 18 anos o sentimento de servir ao Senhor voltou, mas continuei minha rotina.
Aos 20 anos o chamado do Senhor foi muito forte. Durante uma celebração, em uma comunidade missionária, o padre disse: “A messe é grande e os operários são poucos”. Caiu como uma luva no meu coração. Não pude deixar esse sentimento. E decidi entrar para a vida religiosa.
Nestes anos de religiosa, um dia muito marcante para mim o momento da minha consagração definitiva ao Senhor. Na homilia, o bispo dizia que eu estava deixando minha família, mas estava abraçando outra família muito maior. É uma missão muito grande levar Jesus aos irmãos, levar conhecimento da fé, da verdade. E eu estava muito serena. Parecia o próprio Senhor falando aquilo para mim. Quem me abraçou depois da celebração me perguntou como eu estava tão serena, e eu dizia: “Como não, se o Senhor está comigo a cada momento?”. E assim surgiu essa vocação tão grande e preciosa. Não tem dinheiro que pague. Só graça e benção que vem de Deus.
Eu creio que ser religiosa é religar-se a deus pelo mistério da encarnação de Jesus Cristo. Deus mesmo se debruça sobre os homens e os faz entrar em comunhão com Ele. Ser religiosa é comungar presença constante de Deus, participar da palavra, amar o irmão, servir o Senhor no irmão ao meu lado. Com gratidão e com a graça de Deus, eu quero servir sempre o Senhor na alegria e no amor.
Ir. Geralda.
Por Graci Muraro | Pascom | Paróquia São Braz